Eu espero no topo da montanha, ouvindo a sinfonia do vento em árvores sem folhas, levantando meus cabelos vermelhos, levantando-me de riachos invisíveis, cânions de ar,
o som
como o surf do oceano, subindo,
caindo, subindo novamente,
algumas nuvens brancas
navegando o mar azul do céu.
Duas águias se erguem sobre mim,
rodando símbolos
infinitos um em torno do outro.
Aguardo enquanto o sol
suave, incandescente e baixo doura a grama cansada,
as folhas caídas espalhadas.
Eu espero, mas ouço apenas o vento vazio, crescendo mais alto, ecoando
o vazio dentro de mim, levantando-se
para encontrar
o nada que eu estava procurando.
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